quinta-feira, 7 de junho de 2012

Tempo


Meu amigo,
meu inimigo.
O espaço para a reflexão,
a espera de um coração.
A vontade de extravasar o amor,
a repressão, o sufocar, o resignar, a dor.

A resposta que não vem,
a pergunta que não pode ser feita.
O obstáculo que evita a queda,
a mão que se opõe à conquista.

Ah, tempo
Tempo esse que não passa,
se arrasta.
E quando chega o momento
passa, passou, já foi.
Rápido, um segundo.

Auxílio do indeciso,
algoz do decidido
(decisivo ato de amar)

Esperarei no tempo,
farei dele o meu cajado
mais que isso, um remédio
de quem sabe que
por mais que ame,
para seu desespero e tédio,
está proibido de amar.


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Publicado originalmente em http://talestomaz.blogspot.com no dia 25 de outubro de 2006.

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